O ex-deputado federal Alfredo Sirkis, morreu por volta das 13h50 desta sexta-feira (10), em acidente de carro, no Arco Metropolitano, em Nova Iguaçu. Ele estava sozinho no veículo, e seguia em direção à Via Dutra. Na altura do km 74, o carro saiu da pista, bateu em um poste e capotou. Ele morreu no local. Sirkis estava a caminho de um sítio em Morro Azul, em Paulo de Frontin, para se encontrar com a mãe, Liliana, de 96 anos, e o filho Guilherme.
Segundo amigos, ele se programou para ir ao sítio neste fim de semana e saiu de casa por volta do meio-dia, horário em que gostava de viajar. Sirkis também deixa uma filha, que mora nos EUA. Atualmente estava casado com a escritora e empresária Ana Borelli, com quem não tinha filhos.
Biografia
Foi vereador em quatro mandatos, secretário municipal de urbanismo e presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), entre 2001 e 2006 e secretário municipal de meio ambiente, entre 1993 e 1996, na cidade do Rio de Janeiro.
Sirkis foi autor de vários livros, o mais conhecido é Os Carbonários (1980), que ganhou Prêmio Jabuti de 1980.
Nos anos 70, auge da ditadura militar no Brasil, passou oito anos e meio no exílio na França, Chile, Argentina e Portugal.
Na imprensa brasileira trabalhou como repórter das revistas Veja (1982) e Istoé (1983) e colaborou com os semanários Pasquim, Playboy, Jornal de Domingo e Shalom.
Ainda não há informações sobre a data e local de sepultamento de Alfredo Sirkis. O prefeito Marcelo Crivella divulgou nota de pesar. “Alfredo Sirkis era um militante apaixonado por todas as causas que abraçava. Como secretário de Urbanismo e de Meio Ambiente da nossa cidade, sempre trabalhou por um Rio mais humano e solidário. Sua luta mais recente era contra as mudanças climáticas que tanto ameaçam nosso planeta. Tinha ainda muito a contribuir com sua experiência e dedicação. Neste momento de grande dor, peço a Deus que conforte sua família, amigos e admiradores”, disse.
Alfredo Sirkis integra aquela linhagem de políticos sempre em busca de novos caminhos para o Brasil. Ele foi vital na criação do Partido Verde, em janeiro de 1986. Sirkis foi um dos que ajudaram a quebrar o preconceito, até desconfiança de muitos, quanto à temática ambientalista colocada em discussão. O pensamento corrente era que ter um partido em que priorizasse a bandeira “verde” seria muito bom na Alemanha, e não no Brasil.
Fonte: O Dia